30 de jun. de 2011

COBERTURA DO FESTIVAL CAMPING & ROCK 2011

Olá a todos :)
Venho finalmente lhes resenhar sobre o tão comentado festival Camping & Rock, que ocorreu entre os dias 23 a 26 de junho em Itabirito.
O dia estava quente e ensolarado, sinal de que a coisa seria realmente boa (e quem sabe frio prometido não ia ser tão rigoroso...a esperança é a ultima que morre), as pessoas armavam suas barracas já munidas com suas bebidas a tiracolo, o clima de paz já se mostrava agradável, e o cheiro latente era o melhor. Pessoas vindas dos mais distantes lugares chegavam e já se enturmavam, tentando ali, com uma conversa ocasional iniciar uma amizade, ou talvez na troca de bebidas ou das inúmeras substâncias que por ali rolaram. A noite cai e o sono bateu como um soco, devido ao cansaço da viagem, portanto, perdi a apresentação da primeira banda, que pelo que me falaram tocava um som descente. A banda seguinte mandava um rock 70 de fazer inveja, é curioso ver que uma banda assim com tanta competência como o More Beer não tenha sido mais visada. Mas a melhor parte da noite (e por que não dizer de todo o evento?) ficou por conta da já veterana Patrulha do Espaço, da qual dispenso comentários para não parecer redundante, simplesmente o maravilhoso "rock regressivo", na mais pura essência!!! Logo a seguir, outra veterana do rock'n'roll brasileiro, Casa das Máquinas, mostrando que também podemos produzir coisas boas, com qualidade tão boa ou até superior ao mercado internacional. Para fechar a noite Zé Trindade, já bem conhecida pelo público e Aly na Skyna, com seus covers de Lynyrd Skynyrd (destaque para o baterista, que realmente manda muito bem).

Patrulha do Espaço e O Som Nosso de Cada Dia

O dia seguinte foi de descanso, até mesmo para os ouvidos, com várias bandas de rock progressivo, que realmente faz a cabeça da galera por aqueles lados. Pessoalmente destaco a apresentação de outra já veterana, a Violeta de Outono e do Alexandre Araújo Blues Band, que conta com o vocalista mais louco já visto em uma banda, o cara tocou cítara e outros instrumentos orientais dando um ar psicodélico ao evento e logo depois nos presenteou com músicas de Muddy Waters, Sonny Boy Williamson, John Lee Hooker, dentre outros mestres, desnecessário dizer que foi a melhor apresentação da noite.
O sábado já começou com um clima de despedida, a rádio que antes costumava tocar todos os dias mandando sons e sorteando brindes finalmente deu o ar da graça, comandada pela galera do Papa Ovo, que fez uma pergunta realmente surreal para presentear o ganhador com um brinde. A noite foi mais voltada às vertentes mais pesadas, e eu estava meio doente devido o frio e a quantidade de cerveja ingerida, portanto, passei o maior tempo dos shows na barraca, enrolado no cobertor com uma febre miserável. Para fechar com chave de ouro, durante a apresentação da tão esperada banda Morgana, que havia tocado nas primeiras edições do festival, o gerador de energia simplesmente explode, acabando com a noite e com o show da banda, restando ao pessoal endoidar por si próprios pela noite, das mais diversas maneiras, como que pra compensar.
O domingo já começou com menos pessoas, que já começavam a acordar e arrumar suas coisas ao som de Marcelo, que mandou músicas do Jethro Tull e do Marcus Van Langer, o holandês voador, com músicas realmente de despedida, dentre as quais algumas lentas do Beatles, Bob Dylan e de outros ídolos folk. Só nos restou arrumar as malas e partir, com a esperança de talvez voltar para o próximo, que promete ser muito bom, visto que será o comemorativo de 15 anos do festival.
Tudo é muito legal, porém alguns detalhes não podem escapar. O evento é bem planejado, e já são 14 anos de estrada do João e do Magela, os responsáveis, mas a estrutura pra receber a grande quantidade de pessoas precisa melhorar, os banheiros são poucos, e a comida, como já fora discutida na comunidade, é muito cara. Tudo bem, nada mais justo, pagar R$8,00 em um boa quantidade de comida, mas por esse preço espera-se alguma qualidade. O mesmo fica sendo para a cerveja que volta e meia estava quente...fica ai quem sabe a sugestão para melhora desse magnifico festival.

boa viagem a todos!


P.S - queria ter tirado mais fotos, porém, a minha câmera simplesmente descarregou com menos de 10 fotos, sabe-se deus lá porque! Fica a imagem do estado desse que vos fala durante a primeira tarde =)
O autor do post em estado deplorável

27 de jun. de 2011

Psychodelic Animated Cartoons / Desenhos Animados Psicodélicos

Hi psycho friends! Today in few words i bring to you readers one more classic. A scene of the movie Alice in Wonderland-1951! Adapted from the great writer Charles Dodgson (Lewis Carroll).

Originally made for entertain kids and makeup by Walt Disney Studios, the scene show us the moment when Alice meets the Mad Hatter and ends up being invited to take her first Unbirthday Party (suggestive isn’t?)...

Watch and thake your own conclusion! The question is: It’s Just funny and cute for the children? Or was there a subliminal message hidden in this scene?

Olá Psicoamigos! Hoje em poucas palavras eu mostro a vocês leitores, mais um clássico. Uma cena do filme Alice no País das Maravilhas!(1951 Walt Disney Studios). Adaptado do grande escritor Charles Dodgson (Lewis Carroll).

Originalmente feito para entreter as crianças foi bem maquiado pelos estúdios Disney, a cena mostra-nos o momento quando Alice encontra com o Chapeleiro Maluco a acaba por ser convidada a tomar o seu primeiro chá de desaniversário (bem sugestivo não acham?)...

Bem assistam e tirem vocês mesmos a conclusão! Fica a pergunta: É apenas bonitinho e engraçado para as crianças? Ou haveria uma mensagem subliminar escondida nesta cena?

24 de jun. de 2011

Spectrum


Era 1971, dois anos pós-Woodstock, e a juventude brasileira ainda vivia os efeitos da "Era de Aquarius", mesmo que de forma um pouco tardia. Em meio a onda de paz e amor, um grupo de jovens músicos e cineastas de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, mergulhou fundo na produção do que se chamou na época de "o primeiro filme hippie brasileiro". Intitulado "Geração Bendita", o filme dirigido por Carlos Bini, e rodado na região, deixou registrado, além das imagens de uma época, uma trilha sonora tão surpreendente quanto rara.
Gravado nos estúdio da Todamérica, no Rio de Janeiro, o disco também chamado "Geração Bendita" é assinado pelo grupo Spectrum, formado por ex-membros da banda 2000 Volts e atores/músicos do filme. Integravam o grupo os músicos Caetano, Serginho, David, Fernando e Toby, que dividiam os instrumentos e as composições feitas em parceria. Com idade média de 21 anos, a experiência do grupo resumia-se à cena local, onde iniciaram tocando covers de Beatles "tão bem feito que chegavam, por vezes, a achar que o som era de rádio, ou de gravador", diz hoje o guitarrista Caetano.

O álbum com pouco mais de trinta minutos reúne doze canções, com letras em português e algumas em inglês, em sua maioria falando de paz, amor liberdade, natureza e outros temas e valores expressivos do período. O instrumental, com profusão das fuzz-guitar a varrer, e os vocais à la Beatles, sintonizavam com a produção mundial e situava o trabalho do grupo acima do padrão nacional da época. Caetano lembra hoje que o disco chamou a atenção dos disc-jockeys Big Boy e Ademir, mas acabou ignorado pelo mídia. Espaço natural para divulgação do álbum, o jornal Rolling Stone, em sua versão nacional, só veio a público no início de 1972, quando o grupo já não mais existia.
"Não tinhamos recursos técnicos, os instrumentos eram nacionais, de segunda, terceira mão, mas havia uma coisa maior que nos movia, que era o sentimento daquela geração", conta Caetano, que ainda tocou por algum tempo na região. Tanto ele quanto outros integrantes da banda, ainda moram em Nova Friburgo e partilham com a cidade e inúmeros hoje ilustres moradores a memória daqueles "momentos mágicos, coloridos e intensamente vividos". Recentemete, por iniciativa de Caetano, e de outros remanescentes do movimento, chegou-se a tentar a realização de um festival, que resumiu-se em uma sessão do filme, sem ir adiante.
Nova Friburgo e outras cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro foram pólo de atração de grupos musicais e comunidades hippies que para lá transferiram-se em busca de "paz, harmonia e contato com a natureza". Um dos grupos que andou por lá uns tempos foi o gaúcho Liverpool, antes de transformar-se no Bixo da Seda, em 1974. O mais famoso foi o Mutantes, já contando apenas com Sérgio Dias da formação original, que instalou-se em uma casa em Nova Petrópolis. Nova Friburgo, de forma especial, contava com uma cena local forte, com diversos grupos da região e presença de bandas do Rio de Janeiro que lá iam tocar, como A Bolha e Analfabitles, entre outras.
Apesar de ignorado em sua época, o álbum resistiu ao tempo e, hoje, ocupa os primeiros lugares nas "want lists" (procurados) de colecionadores mundiais de raridades psicodélicas (é um dos lps do livro "2001 Record Collector Dreams", editado pelo austríaco Hans Pokora, que reúne capas de discos raros de todo o mundo). Segundo palavras do próprio Hans "O Disco é um dos LPs mais procurados em todo o mundo nesse gênero de música e é uma pepita para qualquer Colecionador". O disco recentemente chamou a atenção de selos estrangeiros especializados em reedições limitadas em vinil - 180 gramas e, mesmo em cd, que buscaram contato com a banda para relançar o álbum. Assunto que vem sendo tratado junto ao selo original e detentor dos direitos de edição, podendo resultar também em uma tiragem nacional, que tornará finalmente o disco "Geração Bendita" acessível aos comuns dos mortais.
* Texto (revisto), publicado originalmente na revista ShowBizz.







22 de jun. de 2011

Camping & Rock 2011


Olá visitantes Psicodélicos, eu sei que está um pouco em cima da hora para divulgar, mas mesmo tarde não se deve deixar passar em branco tal fato.
CAMPING & ROCK 2011!

Bem o camping rock é um evento de rock alternativo que concerteza pode ser julgado como tradicional. Visto que é realizado desde 1998, ou seja ja houveram 13 edições e a contar com a deste ano serão 14.
Acontece todos os anos no feriado de corpus christ, na FAZENDA CHAPARRAL, CIDADE DE ITABIRITO-MINAS GERAIS, proximo a capital mineira Belo Horizonte. E este ano Psiconautas enviará o membro honorario de nossa tripulão SIR WILLIAN para a cobertura e curtição do camping. E você poderá confirir aqui no blog uma materia super bacana feita por ele mesmo, a respeito do evento.
Se tudo continuar dando certo por aqui ano que vem provavelmente não somente Sir estará lá, mas sim toda a equipe PSICONAUTAS, prestigiando esse magnífico evento.
No mais senhoras e senhores vou deixar o link e twiter do Camping Rock para quem se interessar ver com mais detalhes e clareza o que é tudo aquilo!
E me retiro por hoje com palavras do proprio site do evento:

"O Camping & Rock é um festival de rock’n’ roll que acontece anualmente no estado de Minas Gerais, desde 1998.

Cada evento tem duração de quatro dias.

Surgiu de uma necessidade de se conciliar música junto à natureza reunindo, de forma inédita as bandas do cenário independente de Minas Gerais e uma boa estrutura de Camping.

Este evento atrai pessoas de várias regiões do estado de Minas Gerais e até mesmo de outros lugares do Brasil, e é freqüentado por pessoas de todas as idades e tribos diferentes no cenário do rock, de forma harmônica, no qual todos têm como objetivo curtir um bom e velho rock and roll junto à natureza e, conseqüentemente, “se isolar” um pouco da urbanização ou da rotina.
Atualmente o Festival tem participação das Clássicas Bandas dos anos 70, bandas Independentes de MG e de outros Estados."

http://campingrock.com.br/2010/

http://twitter.com/#!/campingrock

21 de jun. de 2011

Introdução Parte III-A: Ventos do Oeste Americano: O Rock Psicodélico


Bom dia amigos visitantes! Venho hoje publicar mais umas palavras da serie Introdução.

Nessa terceira parte falarei um pouco do Rock Psicodélico.

Então viajantes estão preparados? Pois bem que os ventos do Oeste Americano soprem sobre nossas velas! Começa agora Introdução Parte III, Partiu!

Subjetividade, loucura, alucinações, imagens, são palavras que descrevem bem o denominado som psicodélico. Oriundo dos anos 60, uma década voltada de reviravoltas, das quais podemos citar como exemplo, vários países ocidentais adotando o modelo de esquerda política, a guerra fria, a corrida pelo espaço e a queda no moralismo rígido da sociedade. Levaram a juventude, principalmente a americana a realização de manifestações culturais cuja ideologia se mostrava bastante alternativa.

A inocência, idealismo e vontade de atingir níveis de percepção e bem estar espiritual também foram marcantes. Pois esta pequena ambição levou os jovens a terem contato com as recém existentes drogas psicoativas. Mescalina, psylocibina e principalmente o LSD eram a fonte do despertar da consciência e justamente esta fonte tem a ver com as palavras mencionadas bem no inicio do texto.

O rock Psicodélico é um tipo de som que conota reflexão sobre processos internalistas do comportamento, marcado por melodias instrumentais muito longas, efeitos sonoros especiais e muitas vezes harmonias contrastantes e experimentais. Derivado da costa oeste dos Estados Unidos, no inicio teve influência do surf music e de alguns elementos do gênero blues e jazz. Jefferson Airplane, Os Beach boys, Vanilla Fudge e muitas outras bandas daquela década fazem parte do pioneirismo desse tipo de som.

O mundo naquela época não estava parado, ou seja, não girava apenas em torno dos EUA. Mesmo eles sendo os pioneiros com esse tipo de som, a revolução psicodélica, mesmo que de uma maneira diferente e menos maciça também ocorreu em boa parte do mundo, inclusive ate no Brasil. Mas outro lugar que merece ser mencionado com destaque é a boa e velha terra da rainha, a Inglaterra.

Os Beatles, por exemplo, abandonaram as doces melodias que ficavam agarradas nas cabeças dos fãs, principalmente das tietes de plantão e resolveram engajar de vez no som psicodélico. Acredita-se que isso tudo se deva a experiência que tiveram com o LSD e o deslumbramento pela cultura indiana.

O Rock psicodélico inglês se mostrou bastante contagiante e alucinante com musicas como SWLABR, do Cream, Interstallar Overdrive do Pink Floyd (era Syd Barret) e Out of Tunes, do Soft Machine. Realmente mostrava ser um som menos Flower Power como era boa parte dos sons dos Estados Unidos, pois eles viviam a geração paz e amor, os hippies que o digam.

Bom caros amigos do Psiconautas o que quero dizer é que realmente o movimento psicodélico foi algo que marcou o mundo e uma geração extremamente criativa naquela época e que devemos valorizar a musica apresentada por esses ícones. Pois ate hoje elas se mantém vivas na mente de milhares ao redor do Globo Terrestre. Espero que apreciem estas simples palavras passadas a vocês e no mais deixo o link retirado do Youtube de alguns sons psicodélicos para quem não conhece, ou para que os mais despercebidos possam ouvir e estar comparando para sentirem bem o que foi dito aqui. Vou deixar duas musicas de bandas americanas (Jefferson Airplane-Wooden Ships 1969 e Big Brother and the Holding Company-Summer Time 1968) e duas musicas de bandas inglesas (Pink Floyd-Astronomy Domine 1967 e Cream-Toad 1966).

Créditos da imagem: yousaytoo.com

Vídeo links do Youtube:

19 de jun. de 2011

Midnight Movie - Geração Bendita (1970)




Hey ya, brothers and sisters, depois de algum tempo distante, volto aqui para lhes apresentar mais uma pérola do cinema psicodélico. Desta vez, como prometido aos meus "comparsas" do blog vou apresentar um filme brasileiro, trata-se de Geração Bendita de 1970, o então primeiro e único filme hippie do Brasil (pelo menos que se tem noticia). O filme tem um roteiro consideravelmente simples, girando em torno de uma comunidade hippie, o Quiabo's e de um romancezinho entre um advogado que decide deixar sua vida rotineira dentro de um escritório para o meio de vida alternativo, e uma saborosa mocinha de cidade pequena.
Porém o mais interessante de tudo, é a história nos bastidores e a maravilhosa trilha sonora feita pela banda Spectrum.
Imaginem o Brasil, em plena era ferrenha da ditadura militar, agora imaginem uma comunidade hippie, não há sombra de dúvidas que nada seria tão fácil para os realizadores do filme. Em determinado momento o delegado de Nova Friburgo, mandou prender cerca de 20 hippies e depois que cortassem os cabelos e barbas, sob a explicação de que temia que eles aliciassem menores de outros lugares, algo absurdamente descabido. O filme chegou a ter várias partes cortadas e em uma alternativa para escapar da censura, mudou-se o nome do filme para "É isso ai bicho"(nome alternativo).
A todos que desejam por acaso conhecer mais da história do filme e da banda Spectrum, seguem os links:



boa viagem a todos

18 de jun. de 2011

The Trip - Viagem ao mundo da Alucinação

The Trip - 1967

Este filme épico sobre a primeira viagem de LSD de um sujeito de classe média, trabalhador da indústria publicitária, é uma das pérolas da cinegrafia underground e uma sincera (e ao mesmo tempo idealizada) ode à substância lisérgica. Tanto que foi proibido em diversos países, incluindo a Inglaterra, onde só foi liberado pela censura em 2002.

O Trailer




Foi exibido recentemente numa mostra acontecida no SESC Pompéia (em São Paulo), no ano de 2008, em comemoração aos 40 anos dos acontecimentos revolucionários de 1968. A mostra se chamou "Vida Louca, Vida Intensa - Uma Viagem pela Contracultura" e foi uma exposição abrangente, com exibição de filmes bem marginais como Performance (de Donald Cammell), More (de Barbet Schroeder), vários de Andy Warhol, entre outras preciosidades.

Outro poster - Íncrível

O filme em questão, The Trip (1967), foi dirigido por Roger Corman e escrito por Jack Nicholson (que atuou em Easy Rider e Um Estranho no Ninho, aliás muito recomendados). Muita piração e ás vezes uma abordagem kitsch-psicodélica fazem parte da estética do filme. Altamente inspirador.


Peter Fonda (de vermelho) em cena do filme

A trilha sonora é outro caso a parte, de tão bom. Feita pela banda norte-americana The Electric Flag, recomendo que procurem e baixem. Aqui vai uma amostra:







Torrent

17 de jun. de 2011

Poema imaginário


Imagine o que quiser

palavras, versos, estrofes

rimas.

Esse poema não existirá

nem nunca existiu!

Esse poeta que o escreve

ninguém nunca o viu.


Nada foi escrito,

o que você lê aqui agora

nada mais é

do que fruto de sua imaginação.

Grace Barreto

10 de jun. de 2011

Psicodesenhos



Boa noite navegantes, hoje, madrugada de 11 de junho de 2011, inauguro um novo quadro em nosso blog; Psicodesenhando. E para abrir a galeria, apresento dois trabalhos de Mariana Cabral.

O Aquário






Gata Siamesa


7 de jun. de 2011

Poesia Delirante: O Psiconauta A Deriva

Bom dia caros leitores! A tanto o espaço poesia delirante anda estático, mas hoje motivado pela estática de por o quadro em movimento venho ate vocês declamar, mesmo que não em voz e sim em tela de hardware estes singelos versos de O Psiconauta A Deriva.
Deliciem-se!


O Psiconauta A Deriva

Psiconauta navegante

Um ser pensante

Eterno Viajante

És um circo itinerante

Fascinado por cores

Na musica encontra grandes amores

Escravo da psicodelia

Vive o experimentalismo em seu dia a dia

Tato, olfato, paladar, visão, audição

Os cinco sentidos não fazem sentido

Pois o ser psiconauta encontra-se em pleno delírio

No seu barco a deriva em alto mar

Correntes calmas e ao mesmo tempo furiosas o cercam

Choque entre consciência humana e a abstrata psicodelia

Navegando em busca do fim ou do começo

Respostas para suas duvidas não passam de um pretexto

Fugir da realidade é seu objetivo

Como? Nem mesmo ele sabe

Tudo que faz o leva a ver coisas

Coisas às vezes até desanimadoras

Seria a hora de aportar?

As âncoras em uma ilha lançar?

Não! Apenas siga meu amigo continue a navegar

Pois agora que começou esta não é a hora de parar...


(Guilherme Antônio Rosa Santos)

4 de jun. de 2011

Kenneth Anger




Kenneth Anger é um cineasta underground, nascido na Califórnia em 1927. Tem hoje 84 anos, ainda produz seus curta-metragens e viaja o mundo participando de mostras de seus filmes, além de ter projetos paralelos.

Kenneth Anger

Uma só palavra: Vitalidade.

Vitalidade tem a ver com vontade, que segundo Anger, através de seus estudos sobre Aleister Crowley, tem a ver com mágica.

Aleister Crowley e a Thelema: Filosofia da vontade verdadeira
Mágica é vontade aplicada em algo. Anger aplica a sua em seus filmes (todos curta-metragem), com a intenção de transformar a vida das pessoas. De fazê-las pensar.

Lucifer Rising foi filmado no Egito e em outros locais místicos
Seus filmes são intencionalmente hipnóticos. Transportam o espectador para um estado alterado de percepção. Seus filmes são narrações psicodélicas, semióticas, simbólicas, rituais, subliminares, anarquistas e não lineares.

O curta-metragem Lucifer Rising



Lucifer Rising, filme rodado e editado entre 1966 e 1972, lançado apenas nos anos 80, é mais um item precioso da contra-cultura, que envolve nomes do rock como Jimmy Page e Mariane Faithful, o também cineasta underground Donald Cammel (ver Performance) e um jovem músico, compositor da trilha, Bob Beausoleil.

cena do filme
O filme é a celebração da criação, das forças da natureza e do poder do renascimento, através de citações místicas que vão do Egito antigo à Aleister Crowley, em um tom sublime e ao mesmo tempo fetichista.

Mariane Faithful interpreta Lillith
Para Anger, Lúcifer significa a vontade de criar. Ele o considera o patrono das Artes Visuais. E também podemos entender Lúcifer como a vontade de ser livre, de descobrir qual o seu poder interior, descobrir a si mesmo e então poder criar o próprio destino, a própria arte.

Fontes:


The Silver Apples

Pioneiros da música psicodélica eletrônica e de estilos como o krautrock, dance music e indie rock

Silver Apples - 1968

Banda norte americana (na verdade um duo), formada em Nova Iorque em 1967. A princípio era uma banda completa, que se chamava The Overland Stage Electric Band.



Começaram a experimentar com osciladores de áudio e então a necessidade de outros músicos foi diminuindo. Na verdade estavam experimentando uma nova forma de fazer rock (a exemplo do Kraftwerk anos depois).



A banda diminuiu para dois músicos: Simeon Coxe III (sintetizador) e Danny Taylor (bateria). O sintetizador usado foi construido pelo próprio Simeon e consistia de 12 osciladores, partes de rádio, inúmeros descartes eletrônicos, filtros de som, etc. Um aparelho feito com colagem tecnológica.



O primeiro disco sasiu em 1968, pela KAPPA Records. Se chamou "Silver Apples". Este album possuiu um single, a música Oscillations, que chegou a aentrar para o top 10 de várias cidades americanas.



O segundo disco Contact, de 1969 fez bastante sucesso e gerou polêmica devido à contra-capa: a dupla frente aos destroços de um acidente aéreo. Na capa eles aparecem pilotando um avião. Este disco rendeu ao The Silver Apples uma turnê nacional.

Contact - 1969

Link para a contra-capa:

O terceiro disco que seria lançado em 1970, ficou guardado por quase 30 anos, sendo lançado somente em 1998. O motivo foi que a gravadora KAPPA fechou e o duo ficou sem um selo, o que ocasionou o fim da banda. Em 98 o disco, intiulado The Garden, saiu por um selo alemão.

The Garden - 1998



Fontes:

Resumo pontual da Wikipédia:

Site oficial dos Silver Apples, com texto e informações completas:

Myspace: